sexta-feira, 29 de junho de 2012

DIREITO DE AMAR E SER AMADO: UMA FACA DE DOIS GUMES


            A idéia de que para ser amado e feliz é preciso ser jovem, bonito e não possuir nenhuma deficiência, foi introduzida pelos meios de comunicação com tanto vigor em nossa sociedade que as pessoas com deficiência não sentem que são dignas de viver algo assim. Se a pessoa não se vê como atraente e capaz de ser amada, provavelmente ninguém reconhecerá nela essas qualidades.

            Por outro lado, existe entre as pessoas que possuem deficiência o mesmo "preconceito", querem se relacionar com pessoas se não "perfeitas" o mais próximo disso. Como forma de amenizar a carga de preconceito que recai sobre elas.

            Para as pessoas que se vêem assim, é preciso olhar o mundo de frente, sem medo, ver as pessoas em sua dimensão verdadeira e não "usá-las" para provar algo a si mesmo ou à alguém.
           

segunda-feira, 25 de junho de 2012

DIREITO DE AMAR E SER AMADO


             Pessoas com qualquer tipo de deficiência tem o direito de amar e ser amada, como qualquer outro cidadão. Essa é mais uma questão de inclusão em uma sociedade seletista que venera a perfeição. Ainda mais numa cultura imposta pela mídia que defende um único modelo de beleza.

            A Grécia antiga era famosa por valorizar corpos perfeitos, aptos a guerra, eliminando pessoas com qualquer traço de deficiência. Óbvio que hoje, vivemos o preconceito velado e não menos excludente. Quando olhamos uma pessoa com alguma deficiência, notamos que o que salta aos olhos é a deficiência e não o ser humano que ali está.

            As pessoas toleram apenas o que é belo e perfeito. É inevitável perceber  o ar perturbador ao que é diferente. Desse modo, transfira esse sentimento ao clima de paquera. Dificilmente alguém se interessaria em conhecer melhor uma pessoa com alguma deficiência. Diante da beleza que existe na diversidade humana é cruel estabelecer um padrão. O diferente pode ser belo.

            Um relacionamento saudável é aprender a conviver com o que a outra pessoa tem de potencial e de dificuldade, mesmo que ela não tenha uma deficiência aparente. Confiar um no outro, poder dizer o que sente, falar das suas inseguranças, não é algo exclusivo de quem possui uma deficiência, é parte do ser humano. Todo mundo tem medo de ser rejeitado, aliás, esse é o jogo do amor, mas com afeto e sinceridade, as outras coisas vão se ajeitando.

            A sociedade contemporânea tem melhorado no trato com o deficiente, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para a inclusão dessas pessoas, nos diversos aspectos das relações sociais. É Preciso construir espaços sociais abertos a pluralidade humana.